Quando, em dores, na terra inda, vivia
Caminhando em aspérrimas estradas
Via presas do pranto e da agonia
Almas feridas e dilaceradas
Escutava a miséria que gemia
Dentro da noite de ânsias torturadas
Treva espessa da senda tão sombria
Das criaturas desesperançadas
E eu, que era irmã dos grandes sofredores
Sofria, crendo que tais amargores
Encontrariam termos desejados
E confiada na crença que tivera
Cheguei à luz da eterna primavera
Onde há paz para os pobres desgraçados