Sobre a fronte da turba
Há um sussurro abafado
A multidão inteira
Ansiosa se congrega
Surda à lição do amor
Implacável e cega
Para a consumação
Dos festins do pecado
Crucificai-o! -, exclama
Um lamento lhe chega
Da Terra que soluça
E do Céu desprezado
Jesus ou Barrabás? -, pergunta
Inquire o brado
Da justiça sem Deus
Que trêmula se entrega
Jesus! Jesus! Jesus! -, e a resposta perpassa
Como um sopro cruel
Do Aquilão da desgraça
Sem que o anjo da paz
Amaldiçoe ou gema
E debaixo do apodo
E ensanguentada a face
Toma da cruz da dor
Para que a dor ficasse
Como a glória da vida
E a vitória suprema