Não pude compreender o meu destino
Na amargura invencível do passado
Que amortalhou meu sonho peregrino
Nas trevas de um martírio irrevelado
Do sofrimento fiz o apostolado
Como fizera de minha arte um hino
Procurando o país indevassado
Do ideal luminoso de Aladino
E fui de vale em vale, serra em serra
Buscando a imagem fúlgida, incorpórea
Do que chamamos – a felicidade
Mas só colhi os frutos maus da Terra
As promessas pueris da falsa glória
E o triste engano da celebridade